O PARADIGMA DA (RES)SOCIALIZAÇÃO SOB A PERSPECTIVA DO SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO

Authors

  • Admin NEPA

Keywords:

(Res)socialização, Estigmatização, Trabalho Prisional

Abstract

O presente artigo tem por objetivo refletir acerca da reinserção social de detentos através do trabalho, buscando os fatores que contribuíram para que estes indivíduos delinquissem. Além de observar o estigma de ex-presidiário como propulsor de exclusão social. Assim, este trabalho justifica-se diante da atual realidade carcerária brasileira, isso porque cerca de 70% dos egressos reincidem. Não obstante, as péssimas condições materiais das prisões e a superlotação são ainda fatores que dificultam a (res)socialização. Quanto à metodologia, adotou-se o método dedutivo com uso do procedimento monográfico, cuja técnica de pesquisa realizada foi a documentação indireta. Por fim, expõem-se as seguintes ideias conclusivas: os defeitos existentes na socialização primária podem comprometer a socialização secundária, sendo a delinquência uma das prováveis consequências; o sistema carcerário brasileiro pouco colabora para o processo de ressocialização do detento, devido às péssimas condições
materiais e aos processos de desaculturação e aculturação, entre outros motivos; ao sair da prisão, o indivíduo recebe o estigma de ex-presidiário e tende a ser excluído da sociedade; ademais, o trabalho prisional é um dos instrumentos para se tentar ressocializar o detento, porém não é o único, sendo necessário o apoio da família, da religião, da escola e da sociedade.

Published

2021-04-14