ARTHUR SCHOPENHAUER: POR SUA VIDA, UM PESSIMISTA
Palavras-chave:
Schopenhauer, História, Vida, Realidade miserável, PessimismoResumo
O presente artigo constitui-se e uma pesquisa teórica bibliográfica de cunho eminentemente histórico. Constitui parte de nossa dissertação de mestrado. O seu principal objetivo é demonstrar o caráter vivencial da filosofia de Arthur Schopenhauer. Talvez este tenha sido o filósofo que mais claramente conseguiu transcrever a realidade na qual estava inserido e transformar isto em
sistema filosófico. O procedimento básico adotado na elaboração do estudo foi a catalogação de dados e curiosidade históricas coletadas da bibliografia disponível em língua portuguesa sobre o assunto. Um contemporâneo do filósofo afirmou que a filosofia schopenhaueriana não é um sistema compilado de outras filosofias, mas um reflexo de sua própria vida, a projeção do seu caráter. O que o torna num filósofo no sentido estóico do termo, ou seja, alguém para o qual a filosofia é a causa de seu próprio coração. Sendo, sob esta ótica, mais filósofo com a vida do que com os próprios argumentos. Schopenhauer, ao efetuar suas diversas viagens pela Europa, ficou impressionado com o caos e a sujeira das aldeias, a miserável pobreza dos agricultores, a inquietação e miséria das cidades. Constata que nunca a vida parecera tão desprovida de significado ou tão miserável. A observação desta realidade levou o nosso filósofo a crer que o mundo é sofrimento e que a alegria é constituída por momentos passageiros, fundando assim a corrente filosófica doravante denominada pessimismo metafísico. É essa a principal descoberta que este estudo pretende chegar, ou seja, à constatação de que a vida perturbada do filósofo é influente na proposição de sua filosofia